quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Museu do Holocausto

O MUSEU DO HOLOCAUSTO - UMA REFLEXÃO IMPORTANTE

“Mas o caminho dos justos é co-mo a luz da aurora que vai bri-lhando mais e mais até ser dia perfeito. O caminho dos ímpios é como a escuridão: não sabem eles em que tropeçam.” Pv 4:18 e 19.

Lembro-me da visita que fiz ao Museu do Holocausto em Israel. Um lugar inesquecível. Primeiro porque nos faz lembrar da barbárie cometida pelos “homens civiliza-dos” do nosso século, que conduzi-ram aos fornos crematórios, sem nenhum tipo de misericórdia ou piedade mais de seis milhões de judeus, na chamada Solução Final. O mundo não pode e nem deve esquecer do que é capaz homens sem Deus, de que qualquer regime político, seja de direita, centro ou esquerda, que distanciado de Deus, pode, inexoravelmente, levar milhões à morte (a história não nega isso!). Segundo, porque aquele local lúgubre, mas muito bem feito, leva-nos a pensar nas verdades da Bíblia. Recordo-me de ter entrado num monumento dedicado a um garotinho chamado Uriel que morreu num Campo de Concentração nazista, cujo pai mandou construir o referido monumento em sua homenagem. Entrávamos por um corredor totalmente escuro, com densas trevas, onde não se podia enxergar a própria mão. Ali, existiam jogos de espelhos que refletiam 6 velas, re-presentando a idade do menino quando morreu, e estas, se repro-duziam em espelhos, naquela escuridão absoluta, formando uma “constelação de um milhão e meio de reflexos de velas” como se fora o céu. E nomes e nomes de crianças mortas no holocausto nazista eram chamadas, uma a uma, com suas respectivas idades e o local onde morreram (um milhão e meio de crianças foram exterminadas pelos nazistas). Uma cena dantesca, que faz arrepiar a alma de qualquer mortal normal. Na saída do monu-mento, nos deparamos com uma avenida, clara e bem iluminada, à luz natural do sol, chamada de “O Caminho dos Justos”, que chega-va a ofuscar a nossa visão, uma vez que vínhamos de um lugar tão escuro. Neste novo percurso existem árvores plantadas, de um lado a outro, que receberam nomes de todos aqueles que ajudaram os judeus na segunda guerra mundial. Ali figuram nomes como Oscar Schindler, Corrie Ten Boon e outros tantos. O contraste não poderia ser melhor, e os versículos acima foram bem ilustrados quanto ao seu significado: O caminho dos ímpios, revelado na escuridão das densas trevas, bem como, o caminho dos justos, com árvores que os representavam. Tudo magnifico se não trouxesse a lembrança da barbárie do nazismo, de um passado não tão distante.
Naquele museu, ao refletir sobre a tragédia dos judeus, me veio a mente, também, a grande tragédia que pode acontecer a todo homem, que não tiver um encontro de salvação com o Senhor Jesus. Nesse caso o seu fim, de igual mo-do, redundará em perda, só que perda eterna, para um lugar onde não há luz...eternamente! Como nos diz o profeta Daniel “E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno. Os que forem sábios, pois, resplandecerão co-mo o fulgor do firmamento; e os que converterem a muitos para a justiça, como as estrelas sempre e eternamente. Dn 12:2 e 3.
Assim como aquele lugar simbólico nos relembrava o terror nazista, nos deve também fazer pensar na vida futura, depois da morte. Será que como aquelas cri-anças que, simbolicamente, brilha-vam e tinham os seus nomes cha-mados, uma a uma, teremos os nossos nomes chamados por esta-rem escritos no Livro da Vida e por isso brilharemos eternamente? Ou estaremos na negrura eterna da vida sem Deus? Será que o cami-nho dos justos, apresentado no final daquele monumento, revelará a nossa realidade eterna, quando adentrarmos nas delícias celestiais ou não temos uma perspectiva tão promissora? Certamente Deus de-seja que o nosso nome seja cha-mado no dia da ressurreição (Jo 5:28 e 29), e que o nosso destino final seja a vida eterna com Ele, mas para isso, precisamos conhe-cer o Caminho dos justos, que se chama Jesus, porque Ele veio “para alumiar aos que jazem nas trevas e na sombra da morte, a fim de dirigir os nossos pés no caminho da paz.” Lc 1:79.
Que o museu do Holocausto nos ajude a pensar na vida eterna.

Pense seriamente nisso!

Pastor Neucir Valentim